Disqus for Eclausuradas nas Histórias

Semana Shadowhunter: Dia 6 - Expectativas finais sobre o filme


     Quem acompanha um projeto, independente de que seja, sabe o quão maravilhosa é a sensação. Conheci Os Instrumentos Mortais no fim de 2011, e desde então me prendi à esperança de que poderiam haver adaptações dos livros. Ao descobrir que Cidade dos Ossos viraria um filme, não fiz nada além de surtar. É a primeira saga que acompanho desde a pré-produção ao produto final: o filme que vamos ver no cinema.




     Estive na época da escolha do elenco, dos intensos debates sobre Jamie como Jace, Lily como Clary... enfim! Viver isso foi muito gostoso, e tudo valeu a pena, já que estamos tão próximos de ver no que tudo isso vai dar, mas a questão é: quais as minhas expectativas para tudo isso?
Começo pelo roteiro, é claro. Quem leu Cidade dos Ossos sabe que o livro tem uma história incrível, mas de difícil adaptação. Cassandra descreve muito bem cada detalhe de sua trama, e imagino o quão complicado deve ter sido para que os roteiristas pusessem esse universo no cinema. Todo fã tem uma base pelo que imaginou enquanto lia, mas creio que os escritores ignoraram um pouco isso, e com razão! É necessário ouvir os fãs, mas um trabalho como esse deve ser feito por especialistas.

     Deixando os detalhes de lado, vamos aos temas abordados pelo livro. Se engana quem diz que Os Instrumentos Mortais é uma série infanto-juvenil, pois envolve muitos temas impróprios para crianças: incesto, personagens gays, traição e vingança. Para os que virem o filme sem terem lido o livro é certo que será um choque, e isso pode ser um problema com a bilheteria. Certo grupo de espectadores é conservador, e ficará constrangido ao ver dois irmãos se beijando. Lembre-se: o filme tem origem norte-americana, uma população cheia de costumes e bons modos. É bom deixar claro que TMI se trata de um young-adult, ou seja, literatura direcionada a um publico de jovens adultos.
   
     Já que toquei no assunto bilheteria, prossigo nele. O filme tem grandes chances de virar um blockbuster, já que a divulgação está sendo massiva em cima do material existente. Diversos produtos oficiais da série estão sendo vendidos em alguns países, e devem arrecadar bastante dinheiro para os estúdios e a autora, Cassandra Clare. Isso é bom, mas basta?
Não, infelizmente não basta. Sabemos que o que levará a série a outros filmes é a bilheteria, que deve ser satisfatória. Estou bastante confiante nesse quesito, mas vale apontar uma preocupação: tivemos algumas adaptações no cinema deste ano e não foram tão animadoras. "A Hospedeira" teve lucro de pouco mais de 26 milhões nos Estados Unidos, enquanto "Dezesseis Luas" ficou por 18 milhões. Os custos desse tipo de filme são caros, e os estúdios precisam de um feedback positivo nas vendas.

     A trilha sonora já foi citada no especial, mas me sinto confortável para dar minha opinião. Em questão de vendas, os artistas foram muito bem escolhidos. Zedd é uma das promessas do eletro de 2013, e estourou recentemente com o single "Clarity". Ariana Grande e Nathan Sykes formam uma dupla linda, e o dueto dos dois será bastante esperado durante o filme, mas nenhum desses nomes é o mais importante da trilha. Ainda temos Jessie J, com sua postura de diva e Demi Lovato, que deverá atrair um número grande de pessoas para assistirem o filme. Mais bilheteria, mais venda da trilha, mais fãs para acompanharem os próximos filmes.